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Cansaço mental é pior que o físico? Entenda suas causas e sintomas

Cansaço mental é um estado de estafa cerebral que esgota a energia destinada às atividades diárias.

  • 24/05/2022 às 12:00:00
  • Fonte: Tele Medicina Morsch
[Cansaço mental é pior que o físico? Entenda suas causas e sintomas]
Cansaço mental é pior que o físico? Entenda suas causas e sintomas

Sentir cansaço mental já é rotina para muita gente.

Aos poucos, as tarefas do dia a dia e a falta de repouso mantêm o cérebro em estado de alerta, o que leva ao esgotamento.

Surgem, então, sintomas como lapsos de memória e mau humor constante, por vezes acompanhados de dores de cabeça e musculares.

Afinal, corpo e mente estão conectados, precisando um do outro para ter disposição, motivação e autoestima.

Caso contrário, aumenta o risco de sofrer com males cardiovasculares, diabetes e transtornos mentais como burnout e depressão.

Quer saber como evitar esses problemas ou como se recuperar?

Então, este artigo é para você.

A partir de agora, vou comentar sobre a diferença entre cansaço físico e mental, os principais sintomas e dicas para preservar a saúde mental.

Se observar uma sobrecarga mental frequente, vale consultar um psicólogo ou psiquiatra, seja pessoalmente ou via consulta.

O que é cansaço mental?

Cansaço mental é um estado de estafa cerebral que esgota a energia destinada às atividades diárias.

Geralmente, a pessoa percebe que ultrapassou seus limites e que não tem mais recursos mentais e emocionais para enfrentar desafios.

Até certo ponto, a fadiga pode ser considerada normal, principalmente depois de tarefas que exigem dedicação e concentração extremas.

Por exemplo, elaborar um artigo acadêmico ou uma apresentação importante para o trabalho.

Também é natural sentir a mente cansada após um dia estressante ou períodos atípicos como o isolamento social vivenciado recentemente.

Para se ter uma ideia, uma análise da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) constatou que mais de 40% dos brasileiros tiveram problemas com ansiedade nos últimos dois anos.

Em nível global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia apontado que 60% da população sofre com fadiga pandêmica.

Isso porque a pandemia de Covid-19 elevou a preocupação e alterou a rotina de todos, ao mesmo tempo em que prejudicou atividades relaxantes.

Sem condições de encontrar amigos e familiares, precisando encarar momentos de luto e outras perdas, a mente experimenta alta sobrecarga.

Quando conseguimos passar por estas situações e nos recuperar, tudo bem, mas ter o cansaço do cérebro como padrão leva ao adoecimento mental e físico.

Diferença entre cansaço físico e mental

Pode parecer óbvio, mas nem sempre é fácil diferenciar o cansaço físico do mental.

Isso porque, quando a mente está exausta, é comum que o corpo sinta os efeitos.

A chave para descobrir a origem do cansaço está em avaliar qual é a sua causa.

Se for puramente físico, será proveniente de tarefas que requerem esforço, como carregar peso, correr ou pedalar.

Logo depois de concluir essas atividades, o organismo estará cansado, pedindo por repouso imediato.

A sensação melhora rapidamente, depois do descanso.

E deve passar assim que o repouso for prolongado, como no caso de uma boa noite de sono.

Já o cansaço mental, por sua vez, não surge depois de uma tarefa física extenuante.

Ele tende a se manifestar após atividades que exigem esforço mental e/ou emocional, apesar de poder incluir sintomas físicos.

O quadro só é atenuado quando a mente se desliga das preocupações.

Cansaço mental pode até ser mais perigoso do que o físico, já que costuma ser mais difícil de reverter

Cansaço mental é pior que o físico?

O cansaço mental pode ser mais perigoso que o físico, pois é mais difícil de reverter.

Enquanto o físico requer apenas períodos de repouso para o corpo, descansar a mente não é tão simples.

Em especial porque o cérebro nunca para de funcionar, nem mesmo durante a noite.

Para diminuir a tensão mental, é necessário reduzir a velocidade dos pensamentos, a fim de amenizar o trabalho dos neurônios.

Sem contar que a fadiga mental também pode estar por trás do cansaço físico.

Sintomas de cansaço mental

Considero importante notar que o cansaço mental pode indicar o início de transtornos emocionais.

Portanto, faz sentido que a maior parte dos sintomas se confunda com os dessas doenças.

No entanto, mesmo patologias físicas podem provocar cansaço mental, pois elevam o nível de estresse e sobrecarregam o cérebro.

Fique atento se reparar nos sinais mentais e físicos abaixo, principalmente quando vierem combinados e permanecerem por longos períodos:

  • Lapsos de memória
  • Problemas de concentração
  • Raciocínio lento
  • Irritabilidade
  • Preocupação excessiva
  • Alterações de humor
  • Dificuldade para manter a disciplina
  • Falta de motivação e energia
  • Insônia, sono constante e/ou fragmentado
  • Perda de apetite/fome frequente
  • Diminuição da libido
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares
  • Desordens digestivas
  • Imunidade baixa.

O que provoca cansaço mental?

Condições que mantêm o cérebro alerta têm o potencial de provocar cansaço mental, pois o estresse drena a energia, deixando uma sensação de esgotamento.

A seguir, vou detalhar cinco possíveis causas para a fadiga mental.

Bombardeio de informações e estímulos

Redes sociais, acúmulo de tarefas de trabalho, notícias, demandas pessoais.

A combinação entre tantos estímulos mentais torna quase impossível se desligar dos acontecimentos.

Quem sofre com essa hiper estimulação é o cérebro, que não consegue descansar para repor as energias.

Ausência de pausas no trabalho

Fenômenos recentes como a ascensão do home office vêm rompendo a barreira entre vida profissional e pessoal.

Por estarem trabalhando em casa, muitas pessoas deixam as tarefas pessoais em segundo plano, ignorando o autocuidado em nome da produtividade.

Entretanto, a falta de pausas tende a esgotar os recursos mentais, levando ao efeito inverso.

Ou seja, com o tempo, o cansaço mental gera queda na produtividade e na qualidade das entregas de trabalho.

Excesso de telas

Outra consequência do isolamento social é o excesso de telas.

Se antes o trabalho e o lazer eram realizados presencialmente, a pandemia fez crescer a dependência do smartphone, notebook e tablets para manter contatos.

O problema é que passar manhã, tarde e noite em frente às telas durante tantos meses leva ao acúmulo de informações, o que resulta em cansaço mental.

Distúrbios mentais e emocionais

Ansiedade, síndrome do pânico, depressão e burnout estão entre os transtornos mentais mais comuns.

Por gerarem desequilíbrio no sistema nervoso central, essas doenças costumam desencadear cansaço mental, que em alguns casos, é permanente.

Indivíduos com depressão, por exemplo, sentem uma desmotivação profunda e contínua, alimentada pela perda de interesse em atividades prazerosas.

Já o burnout pode ser definido como esgotamento generalizado, relacionado ao excesso de trabalho e despersonalização do paciente.

Sobrecarga de preocupações

É natural se preocupar diante de situações novas ou ameaças ao mundo que conhecemos, como a possibilidade de perder um ente querido.

Contudo, sofrer com esses pensamentos de forma recorrente é motivo para acender o sinal de alerta.

Rapidamente, os temores derrubam a disposição e a energia, resultando em estafa mental.

O que é bom para cansaço mental?

Buscando diminuir o impacto do cansaço mental, há quem utilize substâncias estimulantes como o pó de guaraná e a cafeína.

Embora forneçam energia instantânea, o efeito desses itens dura pouco tempo.

Além do mais, eles tendem a manter a mente acelerada, o que pode agravar o problema, em vez de resolver.

Outra armadilha está nas soluções milagrosas que usam chás, florais e suplementos, prometendo a recuperação da disposição e energia mental.

Antes de consumir esses produtos, é importante consultar seu médico e/ou nutricionista para prevenir efeitos indesejados.

Desconfie também de dietas da moda ou regimes prontos, que não levam em consideração a sua condição física.

Afinal, o que é bom para um amigo ou familiar pode não ser o ideal para o seu estilo de vida.

Então, respondendo à pergunta do início do tópico: bom para o cansaço mental é se desligar das tarefas e preocupações – e receber a assistência de especialistas em saúde mental sempre que necessário.

Como combater o cansaço mental

Agora, quero avançar para algumas opções utilizadas tanto para a prevenção do cansaço crônico quanto para o tratamento.

Inclua essas 9 estratégias abaixo na sua rotina e melhore a qualidade de vida.

1. Durma bem

Apesar de a atividade cerebral nunca parar por completo, é durante o sono que esse órgão mais descansa.

Nesse período, as memórias são consolidadas e alguns hormônios são liberados para garantir o bom funcionamento do organismo.

Sem contar o tempo para liberar a criatividade e a imaginação, já que não há regras ou padrões nos sonhos.

Então, é inteligente separar oito horas de sono por noite, em ambiente escuro, arejado e tranquilo, com horários definidos para ir para cama e para levantar.

2. Invista em alimentação saudável

Há casos em que a falta de energia vem da escassez de vitaminas, minerais e outros nutrientes necessários para o bom desempenho cerebral.

Portanto, adote uma dieta equilibrada, dando preferência a legumes, verduras e frutas, em vez de produtos processados e artificiais.

Alimentos que sejam fonte de proteínas, zinco, vitaminas C, D e do complexo B estão entre os itens que trazem benefícios ao cérebro.

3. Supere o sedentarismo

A falta de exercício físico diminui a disposição, resultando em cansaço físico e mental.

Pequenas mudanças na rotina ajudam a virar esse jogo, renovando os pensamentos e tirando a atenção dos problemas.

Dá para começar com pequenas caminhadas de 20 a 30 minutos, três vezes por semana.

Se não for possível, faça pausas de 5 ou 10 minutos para se alongar, dar uma volta no quarteirão, etc.

4. Desligue-se

Esvaziar a mente é uma ferramenta poderosa para reiniciar os pensamentos e reduzir o estresse.

Daí a popularização de práticas como a meditação e os exercícios de respiração, que concentram a atenção no presente.

Alguns minutos diários já fazem diferença.

5. Tenha momentos de lazer

Outra dica para relaxar a mente é passar tempo com quem você gosta, passear no parque, curtir um bom livro, série ou hobby.

Por mais que a rotina seja agitada, tente selecionar cerca de uma hora por dia para essas atividades.

6. Encare a vida com leveza

A saúde mental depende da nossa percepção do mundo, o que pede mais leveza no dia a dia.

Claro que haverá momentos de medo, angústia, tristeza e outras emoções negativas, mas não se esqueça que tudo passa.

Principalmente quando o assunto são as emoções, que estão sempre mudando.

Procure focar nas ações prazerosas que elevam sua motivação.

7. Planeje seu dia

Por vezes, a sobrecarga mental vem da ansiedade permanente, que por sua vez, nasce da falta de planejamento.

Sem saber o que precisa ser feito, qual o prazo e o que é prioritário, é natural viver preocupado.

Reverta esse quadro planejando cada dia, semana e mês.

8. Tire férias

Estou falando de períodos de pelo menos 10 dias consecutivos sem trabalhar, uma vez ao ano.

Melhor ainda se puder viajar ou passear por lugares novos para recarregar a energia mental e se desligar dos problemas.

9. Peça ajuda

Ter uma ou mais pessoas de confiança, com quem você possa conversar para aliviar a mente em épocas estressantes, é importante.

Além disso, há situações que pedem suporte de um profissional de saúde mental capacitado para conduzir sessões de terapia e, se necessário, receitar medicamentos.

Buscar ajuda especializada é importante quando o cansaço mental se torna parte da rotina

Qual médico atende casos de cansaço mental e emocional?

O médico especializado em demandas de saúde mental e emocional é o psiquiatra.

Esse profissional realiza a avaliação integral de aspectos físicos, mentais e emocionais que estão interferindo no dia a dia do paciente.

consulta psiquiátrica segue os moldes da assistência médica, sendo composta por anamnese, exame clínico e testes complementares.

Dependendo do caso, é feita uma abordagem multiprofissional junto ao psicólogo, que foca em técnicas não medicamentosas como terapia e psicanálise.

Ambos os profissionais podem atender pessoalmente ou via consulta.

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