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Coito programado: o método mais simples de fertilização

O método é indicado para mulheres com problemas na produção de óvulos.

  • 29/04/2024 às 13:00:00
  • Fonte: Minha Vida
[Coito programado: o método mais simples de fertilização]
Coito programado: o método mais simples de fertilização

O que é Coito Programado

O coito programado é um método de fertilização que utiliza medicamentos para estimular a produção de óvulos na mulher, programando a ovulação e assim aumentando as chances de engravidar. Depois que o procedimento é feito, o casal se programa para ter a relação sexual nesse período em que a mulher produz mais óvulos. A técnica foi criada na década de 60 e já está disponível no Brasil desde a década de 70, sendo considerado um dos métodos de reprodução humana mais antigos.

Como é feito o Coito Programado

Para estimular os ovários e induzir a ovulação, são usados medicamentos administrados a partir do início do ciclo menstrual. Existem dois tipos, os administrados por via oral, como o citrato de clomifeno, ou através de injeções subcutâneas, o caso das gonadotrofinas, que agem diretamente nos folículos do ovário, o local onde o óvulo se desenvolve. A dosagem do remédio é individual, e varia de acordo com fatores como idade, número de folículos ovarianos, peso e altura.

O ideal é que no máximo três folículos sejam estimulados. Durante o uso dos medicamentos, é feito um acompanhamento do crescimento folicular por meio de ultrassonografias em série e exames com dosagens hormonais. Assim que os folículos atingem um tamanho considerado adequado, aplica-se a injeção subcutânea do hormônio hCG, que permite que a ovulação ocorra entre 36 e 40 horas depois. Dentro desse período o casal deve ter relação sexuais, e em 15 dias já é possível fazer o teste de gravidez para verificar se houve sucesso no método.

Duração do tratamento

O tratamento com a medicação dura em média 15 dias, contando com o início da medicação, iniciada no segundo ou terceiro dia do ciclo menstrual, até o dia da relação sexual programada. Após 15 dias, a mulher já pode realizar o teste de gravidez. Se o resultado for negativo, é possível retomar o tratamento no próximo ciclo menstrual.

Uso da medicação

Os remédios orais são utilizados por cinco dias consecutivos. Já as injeções são aplicadas por dez dias consecutivos em média, podendo variar entre 8 a 12 dias, conforme o ciclo menstrual da mulher. A aplicação da injeção é subcutânea e pode ser feita na região mais gordurosa da barriga ou da coxa, por exemplo, pela própria paciente ou pelo parceiro, já que o processo não é doloroso.

O acompanhamento do crescimento dos folículos é feito quatro dias após a primeira ingestão do remédio ou a primeira injeção, com uso de ultrassonografias em série e exames com dosagens hormonais. Depois ele é realizado dia sim e dia não, até o momento da ovulação. 

Efeitos adversos da medicação

É comum que a mulher sinta desconforto abdominal, cólicas leves, inchaço, irritabilidade, dor nas mamas e de cabeça por um tempo. Os médicos garantem não haver risco de desenvolvimento de câncer nos ovários, até porque os medicamentos são administrados por um curto período. 

Para quem o Coito Programado é indicado

O método é normalmente indicado para casais que não consigam ter filhos por problemas de ovulação, mas que tenham exames comprovando que o sêmen e as tubas uterinas estão normais. Isso é avaliado a partir do histórico da paciente, em que ela descreve seus ciclos menstruais conforme o número de dias da menstruação e o intervalo entre os sangramentos. Depois disso, são feitos também exames hormonais, avaliação das trompas realizada pela histerossalpingografia e ultrassonografia transvaginal na mulher. No homem é indicada avaliação do sêmen pelo espermograma.

Algumas mulheres com histórico de raras menstruações ou com síndrome dos ovários policísticos podem apresentar resistência aos medicamentos, não conseguindo estimular os folículos.

Preparação para o Coito Programado

Toda mulher que deseja engravidar precisa ter cuidados anteriores à gestação, como estar com o peso correto, ter as vacinas em dia, evitar excessos de bebida alcoólica, não fumar, usar ácido fólico e controlar doenças crônicas como diabete e hipertensão.

Cuidados complementares

Para ter mais chances de sucesso, é preciso utilizar os medicamentos de indução nos horários corretos, principalmente no caso dos injetáveis.

O que esperar do Coito Programado

A porcentagem de sucesso do método gira em torno de 20 a 25% dos casos. Normalmente essa taxa diminui conforme a idade da mulher, principalmente após os 35 anos. Isso ocorre porque são usados os óvulos naturais da mulher, que como já existem nos ovários desde o nascimento dela, acabam envelhecendo, podendo gerar embriões inviáveis devido a alterações genéticas ou malformações.

Os especialistas indicam até três tentativas, que podem ser feitas consecutivamente sem prejuízos para a saúde da mulher. Se mesmo assim o casal não conseguir engravidar, os médicos costumam indicar outros métodos, que tem porcentagens maiores de sucesso, como, por exemplo, a inseminação artificial.

Existe o risco de 10% de uma gestação gemelar, pois mais de um folículo é estimulado. E toda gravidez que envolve mais de uma criança traz perigos tanto para os fetos quanto para a própria mãe por haver maiores riscos de parto prematuro e complicações como pré-eclâmpsia, diabete, anemia.

Pode ocorrer também a chamada Síndrome da Hiperestimulação do Ovário (SHO), quando há aumento da produção de estradiol decorrente do desenvolvimento excessivo de folículos, causando inchaço e aumentando o risco de trombose, principalmente se a fecundação ocorrer. Porém, o quadro é menos comum no Coito Programado, ocorre em cerca de 1% dos casos, já que os remédios são usados em doses menores do que na Fertilização In Vitro, por exemplo.

Os medicamentos para indução de ovulação podem ser obtidos em farmácias sem receita médica. Porém, caso a mulher decida usá-los por contra própria, sem a avaliação de um especialista, estará exposta a diversas complicações, como desconfortos físicos devido à dosagem errada do medicamento e gestações múltiplas de até quádruplos ou quíntuplos. 

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