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Dor nas Costas: As principais Causas, Tratamentos e Exercícios indicados

Você já se levantou e sentiu aquela fisgada nas costas? Você não está sozinho. Neste artigo, descubra como tratar as dores nas costas.

  • 23/11/2022 às 15:00:00
  • Fonte: Blog Fisioterapia
[Dor nas Costas: As principais Causas, Tratamentos e Exercícios indicados]
Dor nas Costas: As principais Causas, Tratamentos e Exercícios indicados

Também conhecida como dorsalgia, dor nas costas é um problema muito comum. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este problema afeta até 80% da população brasileira.

A dor nas costas pode ser causada por diferentes motivos e ocorrer de várias maneiras. A dor pode ser localizada em alguma parte das costas ou músculo específico; nas costas inteiras, de forma generalizada ou vir dos ossos, vértebras, ou nervos.

A duração do incômodo pode ser longa ou curta. Ainda assim, pode ser intensa ou leve. Porém, uma coisa é certa: quase toda dor nas costas é plenamente tratável com exercícios.

Neste artigo vamos explicar mais sobre:

  • Causas da dor nas costas; 
  • Tratamentos para dor nas costas; 
  • Exercícios indicados para dor nas costas;
  • Como aliviar a dor nas costas.

Vamos lá?

Quais são os tipos de dor nas costas?

A dor nas costas, como já falado acima, pode se apresentar de diferentes formas. Ela pode ser de carácter neoplásico, metabólico, degenerativo, traumático, estrutural e infeccioso.

As dores derivadas de caráter neoplásico surgem pelo aparecimento de tumores que podem ser benignos, malignos primários (que surgiram na coluna vertebral) ou metastáticos (que surgiram a partir da ramificação de um tumor maligno que afeta outra parte do corpo).

Já a dor nas costas de caráter metabólico é comum estar relacionada à osteoporose. Caracteriza-se na diminuição da massa óssea por razões metabólicas. Isso significa que as células do tecido ósseo perdem a capacidade de reprodução que possuíam.

A dor nas costas causada por problemas degenerativos consiste no envelhecimento de partes da coluna. Com o passar dos anos, ocorrem alterações degenerativas progressivas dos discos intervertebrais, corpos vertebrais, facetas articulares e estruturas relacionadas aos ligamentos.

Outro fator que comumente causa dor nas costas são aqueles decorrentes de traumas. Nessa categoria se incluem as distensões dos músculos e ligamentos, as contusões e as fraturas. 

O trauma pode ser causado por um esforço físico exagerado ou ainda por uma forte contusão. Há também fatores estruturais que causam dores nas costas, caracterizando este tipo de dor como dor mecânica. Este incômodo é aliviado com o repouso. 

Além disso, grande parte das dores nas costas resultam de má postura e fraqueza muscular. Portanto, a boa notícia é que a maioria das dorsalgias são plenamente tratáveis com exercícios simples do dia a dia.

Existem também casos em que a dor nas costas vem de um fator estrutural mas causada por uma lesão traumática. Por exemplo, casos de sequelas de fraturas, instabilidades ou deformidade física decorrente do trauma.

Por fim, existe o fator infeccioso. Nesse caso, a dor está relacionada a uma infecção por bactérias, fungos ou micobactérias que podem comprometer o tecido ósseo, discal ou nervoso.

Cada fator causador de dor nas costas pode estar relacionado à uma causa diferente e deve ser tratado da forma correta, a fim de evitar a progressão do problema.

Por que temos dor nas costas? Quais as principais causas?

Dentre as principais causas de dores nas costas, estão:

  • Alterações musculoesqueléticas relacionadas à mudanças de postura em atividades diárias de trabalho, exercícios ou estudo;
  • Sedentarismo e falta de atividade física;
  • Má postura;
  • Lesões traumáticas como fraturas, luxações de vértebras ou costelas;
  • Lesões inflamatórias;
  • Hérnia de Disco;
  • Osteoporose;
  • Alterações degenerativas;
  • Osteomielite vertebral;
  • Anormalidades congênitas da coluna ou tórax: escoliose, hipercifose e hiperlordose;
  • Artrite infecciosa;
  • Doença de paget (osteíte deformante);
  • Lesões vertebrais decorrentes de tumores;

Alteração musculoesquelética 

A causa de dor nas costas mais frequente é aquela provocada por postura incorreta, ou seja, alteração musculoesquelética. 

É muito comum desenvolvermos maus hábitos relacionados à postura. Permanecemos horas de trabalho de pé ou sentados, na mesma posição. Além disso, em momentos de lazer ou estudo, tendemos a descuidar da postura.

A postura correta é compreendida como uma relação harmoniosa entre os músculos, as articulações e os ossos. Como essas estruturas possuem funções básicas de estabilizar o corpo, o desalinhamento entre eles pode causar dores nas costas e lesões a longo prazo. Dessa forma, a má postura prejudica a coluna vertebral e o eixo do corpo.

Por isso, é preciso ficar atento quanto à maneira correta de sentar e até mesmo para dormir, a fim de evitar o desalinhamento da coluna. Ainda que você não sinta dor nas costas imediatamente, a má postura pode desenvolver problemas a longo prazo.  

Lesões traumáticas (fraturas e luxações)

Outra causa de dor nas costas muito comum é decorrente de lesões originadas por traumas. Essas lesões podem ser fraturas ou luxações

As fraturas são rupturas dos ossos e vértebras que se não forem identificadas e tratadas corretamente, podem causar dores crônicas e problemas mais sérios. Essas rupturas podem ser responsáveis por perfurações de outros órgãos, lesões na medula espinhal, hemorragias internas, infecções, entre outros problemas.

Já a luxação é um deslocamento dos ossos que formam uma articulação. O que causa a dor nessas situações é que os ossos saem da posição natural, podendo ainda provocar inchaço e limitação do movimento. 

Tanto as fraturas quanto as luxações comumente ocorrem devido à fortes contusões. O diagnóstico de ambas situações deve ser preciso para que o tratamento seja correto e eficaz, a fim de não desencadear problemas posteriores.

Lesões inflamatórias 

As lesões inflamatórias, diferentemente das traumáticas, são causadas a partir de uma entorse ou distensão dos tecidos mais flexíveis (ligamentos, articulações, etc) que geram uma inflamação. 

A distensão ocorre quando um ligamento é sobrecarregado ou desgastado e, por isso, inicia um processo inflamatório. 

As entorses, por sua vez, são deslocamentos dos tecidos flexíveis. Estas lesões ocorrem em função de movimentos de torção e flexão da coluna e, assim como as distensões,  dão início a um processo inflamatório. 

A inflamação do tecido causa dor e espasmos musculares, o que pode debilitar os movimentos do paciente. Os ligamentos são feixes de tecido fibroso fortes que unem os ossos dando segurança e estabilidade para as vértebras Porém, este processo pode limitar os movimentos físicos do indivíduo.

Já a dor inflamatória possui características diferentes das dores mecânicas da coluna e são identificadas da seguinte forma:

  •   Observadas em pessoas de idade inferior a 40 anos, ou seja, se inicia em idade jovem e adulta;
  •   A dor é gradualmente agravada;
  •   Exercícios ajudam a melhorar os sintomas de dor lombar;
  •   A dor não melhora com o repouso, diferentemente da dor mecânica;
  •   A dor pode se manifestar a noite de forma intensa, podendo até acordar a pessoa na segunda metade da noite;
  •   Apresenta rigidez na parte da manhã, podendo ter duração superior a 30 minutos;
  •   Dor persiste por mais de 3 meses;
  •   Dor na região dos glúteos (nádegas) de forma alternante.

A dor inflamatória pode ser causada também por outras motivações e não por lesões. São elas:

  • Doenças autoimunes – atacam o próprio organismo como se fosse um corpo estranho;
  • Espondilite Anquilosante (EA) – artrite inflamatória que afeta as articulações da coluna, causando rigidez e dor lombar;
  • Espondilartrite Axial sem evidência radiográfica de EA – similar a Espondilite Anquilosante, porém não é detectada em radiografia;
  • Artrite Psoriática – inflamação que se inicia na pele e depois segue para as articulações;
  • Artrite Reativa – iniciada com inflamação nos olhos e no aparelho urinário;
  • Artrite Enteropática – iniciada com uma inflamação no intestino;
  • Artrite Reumatóide – iniciada na própria articulação.

Hérnia de Disco  

 A hérnia de disco ocorre quando há um deslocamento do núcleo gelatinoso de um disco vertebral através de uma fissura ou desgaste no disco. Esse deslocamento causa dor, podendo influenciar na sensibilidade das coxas, perna e pé. 

Este problema geralmente é crônico, pois os músculos que protegem a coluna vertebral começam a ficar fracos e atrofiar. Esse tipo de lesão dificilmente pode ser revertida.

Existem três tipos de hérnia de disco e elas são diferenciadas pelo tipo de deslocamento do núcleo gelatinoso do disco. São estas:

  •   Protrusas: ocorrem quando o disco se alarga e mantém o líquido gelatinoso em seu centro. Nesse caso, a hérnia surge porque a base do disco se avoluma, ficando mais larga que o diâmetro original. Neste processo pode ocorrer o toque das paredes do disco em áreas de grande sensibilidade nervosa, o que dá origem à dores e incapacidade motora.
  •   Extrusas: nestes casosa hérnia surge por causa do rompimento do anel fibroso do disco e o conteúdo gelatinoso do núcleo passa por meio de uma fissura na membrana do anel. Este processo gera a perda do contato dos fragmentos extravasados com o meio interno. Situações como esse são bastante comuns e afetam os discos intervertebrais da coluna, os quais funcionam como amortecedores do impacto recebido pela coluna.
  •   Sequestradas: ocorrem quando há o rompimento da parede do disco e o líquido gelatinoso se desloca para dentro do canal da medula, para cima ou para baixo, causando pressão na raiz nervosa, inflamação e compressão contínua. Essa hérnia provoca a conhecida dor química, dor causada pelas propriedades químicas ácidas do núcleo gelatinoso e ocorridas principalmente quando esse núcleo está fora do seu lugar de origem.

Os sintomas de hérnia de disco podem ser um pouco diferentes de outras dores nas costas comuns. É importante ressaltar que a hérnia costuma surgir na região lombar ou cervical, portanto, alguns dos sintomas serão específicos para certas regiões. 

São sintomas comuns que apontam para a existência de hérnia de disco:

  • Dor nas costas prolongada por mais de três meses;
  • Entortamento da coluna quando está numa crise;
  • Dor que piora durante o sono e permanece quando acorda;
  • Piora na dor ao ficar em pé com a perna estendida;
  • Dificuldade em permanecer sentado por mais de 10 minutos;
  • Diminuição da força de uma ou das duas pernas;
  • Impossibilidade de ficar de ponta de pé com uma das pernas;
  • Formigamento, dor e dormência nos membros (quando a hérnia é na região da cervical esses sintomas costumam se apresentar nos braços e mãos, mas se a hérnia é na região lombar, esses sintomas serão sentidos nas pernas e pés);
  • Extrema dificuldade para segurar a urina;
  • Diminuição da produtividade e desânimo para realizar tarefas do dia a dia;
  • Dores de cabeça ligadas às dores na região da nuca, espalhando-se para a região dos ombros;
  • Dificuldades para se locomover ou levantar algum objeto.  

Osteoporose

A osteoporose é uma doença silenciosa em que ocorre a diminuição progressiva da densidade óssea. Naturalmente, há renovação celular dos ossos, contudo, a osteoporose surge quando o metabolismo não repõe a massa celular que foi descartada, deixando os ossos porosos o que provoca dor crônica e possíveis fraturas.

A dor nas costas causada por osteoporose acontece justamente pelo enfraquecimento do osso e a porosidade dele. Ainda, os incômodos podem ser causados por fraturas decorrentes da fragilidade óssea. 

A osteoporose é conhecida como uma doença silenciosa porque não possui muitos sintomas que ajudem no diagnóstico precoce da doença.Em geral, essa patologia só é diagnosticada a partir da ocorrência de uma fratura.

A osteoporose é mais comum entre as mulheres, podendo ocorrer antes dos 40 anos de idade devido à alterações hormonais relacionadas à menopausa. A doença se desenvolve de forma mais tardia nos homens por causa da maior quantidade de testosterona produzida pelo organismo masculino. Este hormônio protege o corpo contra o desgaste ósseo.

Além disso, a osteoporose pode estar relacionada à doenças renais e endócrinas ou a uso de algum medicamento. Também, esta condição pode ser causada por tabagismo, sedentarismo, predisposições genéticas ou carência de vitamina D e cálcio no organismo.

Alterações Degenerativas 

Geralmente, as alterações degenerativas estão relacionadas ao processo de envelhecimento, podendo também estarem relacionadas a patologias como a doença degenerativa discal, osteoartrite (artrose) facetária, estenose espinhal (canal estreito), espondilolistese degenerativa e escoliose degenerativa.

O processo de envelhecimento gera alterações que degeneram partes da coluna como os discos ou vértebras. Essa degeneração acontece por desgaste e envelhecimento das células. 

doença degenerativa discal, como o próprio nome diz, está relacionada aos discos desgastados que deixam de cumprir seu papel de amortecimento. Essa condição pode causar hérnia de disco, como já foi mencionado anteriormente.

osteoartrite facetária, também conhecida como artrose facetária, ocorre quando há um desgaste ou degeneração das facetas que levam a um processo inflamatório. As facetas são articulações parecidas com os discos entre as vértebras e servem como amortecedores de impacto.

estenose espinhal se caracteriza pelo estreitamento do canal espinhal. Esta complicação pode causar a compressão dos nervos dentro da coluna vertebral e afetar a medula espinhal. Por isso, esta doença também é conhecida como “canal estreito”. A esteonose espinhal costuma ocorrer no pescoço e na região lombar e pode ser agravada pela idade.

O canal espinhal pode se estreitar pelo crescimento excessivo do osso ou tecido adjacente. Assim, os ligamentos da coluna vertebral podem se tornar mais grossos e rígidos, ou ainda, os ossos e articulações podem aumentar de tamanho pela osteoartrite. Portanto, essas situações podem gerar esporões ósseos, dilatação ou alteração do tamanho dos discos e, por fim, pode ocorrer o deslocamento das vértebras para fora do eixo correto.

Portanto, a dor e o desconforto da estenose espinhal são causados pela pressão nos canais nervosos e a interferência na medula espinhal. Outros sintomas que surgem são a “dor alfinetada” na perna, coxas ou nos glúteos. Além disso, pode ocorrer a sensação de dormência e fraqueza muscular, bem como o comprometimento do controle da bexiga e do intestino.

Já a espondilolistese é caracterizada pelo deslizamento de duas vértebras da coluna, em que uma fica sobreposta a outra. Este movimento pode ocorrer para frente, sendo chamado de retrolistese, ou para trás, conhecido como anterolistese. 

Existem diversos tipos de espondilolistese e eles são diferenciados pela fator causador da doença. 

A espondilolistese degenerativa é causada por alterações degenerativas do processo de envelhecimento. Mas os outros tipos de espondiloliste são: 

  • Ístmica: formada por defeito vertebral ou má formação; 
  • Traumática: gerada por quedas e acidentes que resultam em fraturas ou traumas na região, levando ao deslizamento das vértebras;
  • Displásica: costuma ocorrer na região lombar, entre as vértebras L5 e S1;
  • Patológica: mais rara, é resultado de uma doença óssea ou tumor na região;

Por fim, a escoliose degenerativa ocorre quando há uma degeneração de discos da coluna vertebral e de suas articulações. Esta condição resulta do avanço da idade do indivíduo e do envelhecimento das partes do corpo. Este processo causa o deslocamento do eixo da coluna, gerando uma inclinação da para frente ou para trás ou ainda para algum dos lados.

A escoliose também pode ser causada por outros fatores e é classificada em diferentes tipos:

  • Escoliose congênita (de nascença): quando há uma má formação ou divisão das vértebras;
  • Escoliose neuromuscular: originada por sequelas de doenças neurológicas, como no caso da poliomielite e da paralisia cerebral;
  • Escoliose idiopática: curiosamente, a causa desse tipo de escoliose é desconhecida, trata-se do tipo mais comum;
  • Escoliose pós-traumática: sua origem se dá a partir de doenças do tecido conjuntivo e/ou anomalias cromossômicas.

Mesmo quando há alguma doença degenerativa, a dor nas costas é basicamente causada pelo envelhecimento de partes da coluna e células. Nesses casos, a prevenção acaba sendo a melhor alternativa para evitar esses problemas na velhice.

Osteomielite Vertebral 

A osteomielite vertebral, também conhecida como espondilodiscite ou infecção do espaço discal, se caracteriza pela infecção nos ossos causada por bactérias, micobactérias ou fungos. 

Quando um osso está infectado, pode ocorrer o inchaço da parte interna (medula óssea). Este inchaço pode pressionar a parede rígida externa do osso e comprimir os vasos sanguíneos da medula óssea, reduzindo ou cortando o fornecimento de sangue ao osso. Portanto, este movimento pode causar a morte das células do osso.

Em regra, os ossos estão bem protegidos de infecções, todavia existem três formas de ocorrer infecção: 

  1. Pela corrente sanguínea, em caso de fraturas expostas, cirurgia ou perfuração do osso por algum objeto;
  2. Por invasão direta;
  3. Infecção em estruturas próximas como as articulações naturais e artificiais ou em tecidos moles.

A dor nas costas causada pela osteomielite vertebral não possui nenhuma característica que possa diferenciar a dor como sintoma de outras causa. Porém, pode haver vermelhidão no local, calor, inchaço, abscesso, podendo ainda apresentar sintomas generalizados como febre, calafrios e mal-estar.

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